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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Reflexões sobre o luto...

             
Passaram se trinta dias desde que minha mãezinha do coração faleceu, ela partiu dia dezesseis de janeiro de 2014, queria ter escrito algo antes, mas cada vez que tentava começava a chorar... Não que agora tenha passado minha tristeza, mas a vida tem que seguir e nos que aqui ficamos temos que seguir em frente. Minha vó foi um exemplo de força e coragem pra mim. Me ensinou a ser forte e ir atrás dos meus objetivos. Se hoje sou quem eu sou, devo muito a influencia dessa mulher. Minha vó, apesar da crença dela, me ensinou a ser feminista, me ensinou que eu nunca devia depender de ninguém, me ensinou que a gente tem que sempre lutar pelo que acredita, mesmo que estejamos sozinhas na luta. Não importa o quanto seja difícil, se tivermos fé e o coração aberto, as coisas acontecem. Foi uma grande mestra e realmente sou grata por tudo que aprendi ao lado dela. 
              Quero compartilhar um pouquinho da historia dessa mulher com vocês... Ela nasceu em Bagé em 1938, família pobre cresceu dentro da charqueada. Fez só o ginásio como gostava de dizer, mas naquela época com o ginásio tu podia dar aulas no primário.Casou-se e veio morar em Porto Alegre, era seu sonho sair da charqueada. Teve sete filhos, sempre morando de favor nos fundos das igrejas que congregavam, sempre tentando se virar da melhor maneira que podia. Criou os filhos, o tempo passou, eu só entro nessa historia muito tempo depois em 1983, sou a primeira neta e filha como ela sempre gostou de reforçar. Quando eu nasci, ela morava em Guaíba, minha mãe trabalhava em Porto Alegre, ela quem me cuidou desde sempre, quando minha mãe resolveu mudar para sapiranga, ela mudou-se para Campo Bom para poder continuar me cuidando. 
          Sempre fomos muito pobres, quando nos mudamos para Campo Bom morávamos num porão horrível, úmido e escuro, as lembranças desta época não muito claras na minha memoria, mas lembro de como era difícil tudo ali. E ela cansada daquela situação difícil um belo dia resolveu que iria trabalhar,  resolveu estudar para um concurso para ser servente na prefeitura da cidade e se dedicou e conseguiu, antes somente meu Vô e alguns tios meus trabalhavam, ela mudou a história da família quando resolveu trabalhar, saímos daquele porão horrível e fomos morar no centro da cidade. A história é cheia de voltas, cheia de altos e baixos como todas as histórias familiares, muita coisa eu não lembro, mas lembro que ela sempre foi um exemplo de força pra mim.
                Meu vô adoeceu e ela foi muito mais guerreira ainda, cuidou dele por seis anos de uma diabete que foi degenerando tudo, no final do ano passado ele piorou muito e veio a falecer em setembro de 2013. Minha vó tinha descoberto que estava com câncer em junho, ela continuou cuidando dele como pode, mas já não tinha mais forças, pra mim foi muito duro ver meu referencial de força tão frágil... Tive uma fase difícil no inicio da doença dela, não queria nem visita-la, era doloroso demais. Se eu fosse parar para contar todas as histórias de dessa mulher acho que escrevia um livro, mas aqui só quis compartilhar um pouquinho da história da pessoa mais importante da minha vida. E fazer essa pequena homenagem.





3 comentários:

  1. Luális, sou espiritualista e acredito sim, na continuidade da vida, ou na "vida depois da vida", todas as experiências que tive, e que tenho, me levam a crer nisso. E foi com essa crença que superei momentos difíceis e me fez entender que a vida é um "momento mágico" de encontros e reencontros, de possibilidades e de evolução, que não pode ser desperdiçado.
    O que quero dizer é : Que bom que tiveste a oportunidade de conviver com esse anjo e ter aprendido os ensinamentos maravilhosos que ela te transmitiu e que, hoje, de alguma forma ela continua zelando por ti.
    A história de vida de vocês é linda, deu pra perceber que ela te deixou o mais importante...seus ensinamentos.
    Um beijo e muita luz!

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  2. Muito lindo Lu o que vc escreveu... Sabe, acredito que tudo existe um propósito na vida, e a própria morte também é um propósito aos que ficam. Para crescer, para amadurecer, para saber que a vida pode passar num piscar de olhos, só assim aprendemos também o fazer agora, o viver o presente da melhor forma possível. Sua mãe do coração é, também, da alma. E isso nunca vai mudar, isso, nem a morte "do corpo" pode separar. Ela continua ao seu lado, dando-lhe forças e coragem para seguir em frente, e tenho certeza que tu és e sempre será o orgulho dela, pois assim como ela, és uma guerreira. Beijão linda.

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  3. Sinto muito pela sua dor querida! Força e paz p vc!! Beijinho!

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um incetivo, um puxão de orelhas...
Obrigada pela presença!

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