Balanço de Final de Ano

             Buenas meus amores... E 2015 chega ao fim e chega aquele momento de fazer aquele balanço de fim de ano. Acho que essa charge da Mônica ilustra muito como foi meu ano. Realmente só tenho coisas pra agradecer. Sim houveram desafios, sempre há, mas ao chegar ao final e olhar tudo que caminhei e conquistei, só posso mesmo dar graças. Mesmo aquelas coisas que a gente não entende porque aconteceram nos trazem muito aprendizado, então agradeço as pessoas que passaram na minha vida, mesmo que por um período curto de tempo, agradeço a presença de amigos especiais que fazem parte do meu cotidiano, as parcerias de bebedeiras, de risadas e lágrimas. 

             Um agradecimento especial a família Viver de Rir, que comecei a fazer parte este ano e que foi altamente terapêutico, descobri na palhaçaria um caminho que nunca tinha imaginado, já havia participado de algumas oficinas de teatro, mas nunca tinha me passado pela cabeça, um trabalho voluntário tão recompensador como este que venho desenvolvendo na ONG.  Cada sorriso conquistado é um presente que realmente não tem preço. (Pra quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho: http://projetoviverderir.com.br/).

              E bora lá fazer um ano novo todo especial, porque isso está nas nossas mãos... Que 2016 venha cheio de alegrias e de bons momentos, de carinho, amor e muito aprendizado. Deixo este poema do Carlos Drumond de Andrade para todos tenhamos o ano novo que queremos e merecemos! Grande Beijo!

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 

(mal vivido talvez ou sem sentido) 

para você ganhar um ano 

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 

novo 

até no coração das coisas menos percebidas 

(a começar pelo seu interior) 

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 

mas com ele se come, se passeia, 

se ama, se compreende, se trabalha, 

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 

não precisa expedir nem receber mensagens 

(planta recebe mensagens? 

passa telegramas?) 

Não precisa 

fazer lista de boas intenções 

para arquivá-las na gaveta. 

Não precisa chorar arrependido 

pelas besteiras consumadas 

nem parvamente acreditar 

que por decreto de esperança 

a partir de janeiro as coisas mudem 

e seja tudo claridade, recompensa, 

justiça entre os homens e as nações, 

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 

direitos respeitados, começando 

pelo direito augusto de viver. 

Para ganhar um Ano Novo 

que mereça este nome, 

você, meu caro, tem de merecê-lo, 

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 

mas tente, experimente, consciente. 

É dentro de você que o Ano Novo 

cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade