Bem vindos

Obrigada pela visita. Sintam se a vontade para: comentar, dar dicas, trocar experiências...
Espero poder contribuir na caminhada de todos os leitores, assim como tenho recebido contribuições na minha busca pelos meus objetivos.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Contribuam com nossa Vakinha!!!


           
 Gente, vou compartilhar com vocês um pouquinho da minha história com o Powerlifting, e o porquê estou engajada nessa campanha para arrecadar fundos para a Aliança Nacional da força (ANF). Até 2009 eu era uma pessoa sedentária e com uma aversão total a todo tipo de exercícios, estava obesa, com pressão alta, muitas dores nas articulações, e com uma profunda depressão, no entanto não me adaptava a nenhum tipo de academia, não gostava do ambiente e nem do tipo de pessoas que as frequentavam. 

                Na busca em sair do fundo do poço comecei a treinar, no inicio em uma academia mais voltada para o fisiculturismo, me encantei pela intensidade dos treinos, pelo jeito do professor, por esse mundo totalmente novo pra mim. Comecei a me interessar sobre a motivação para o exercício físico e resolvi me aprofundar mais, iniciei o curso Educação Física na UFRGS em 2010. 
Em 2011 pesquisando sobre como vencer a depressão através do exercício físico me deparei com esse textohttp://revistatrip.uol.com.br/revista/196/reportagens/ela-tem-a-forca.html. Através dele pude conhecer um pouco sobre a Dr. Marilia Coutinho e simplesmente apaixonei por ela, pela sua garra, pela sua determinação, pela sua força. Comecei a ler tudo que eu encontrava sobre. Em 2013, me organizei e fui fazer um curso da MAD em SP – Uma das melhores experiências da minha vida – Onde fui apresentada ao Powerlifting e a Marilia.
                  Em outubro do mesmo ano, participei do meu primeiro campeonato pela ANF como atleta e arbitra algo que tenho imenso orgulho. Até então nunca tinha pensado na possibilidade de competir, foi algo completamente novo na minha vida. E por acreditar muito nesse esporte e na ANF que peço a colaboração de vocês.
Nossa Vakinha está crescendo e isso me deixa muito orgulhosa!!!
Contribuam!!!
Compartilhem!!!


terça-feira, 17 de junho de 2014

O peso das Dietas


              Gurias, acabei de assistir e achei simplesmente fantástico, vale muito a pena tirar um tempinho e repensar algumas coisas que estamos fazendo com nós mesmas... Mas uma das principais frases que me marcaram mais foi: "Se você está triste, você não precisa comer, você pode chorar"... Tantas e tantas vezes, não nos permitimos expressar o que estamos sentindo e acabamos descontando tudo na comida, acho que tá na hora de rever alguns conceitos. Bjos






terça-feira, 10 de junho de 2014

Carta a uma uma mãe

Achei esse texto por um acaso e resolvi compartilhar com vocês... É lindo e tocante, e pode nos ajudar a refletir sobre nossas questões! Bjos!!!

"Querida mãe,
Eu tinha sete anos quando descobri que você era gorda, feia e horrorosa.
Até então, eu acreditava que você era linda – em todos os sentidos da palavra. Eu lembro de fuçar os antigos álbuns e ficar um bom tempo olhando para fotos suas no deck de um barco. Seu maiô branco, tomara que caia, parecia glamuroso como o de uma estrela de cinema. Sempre que eu tinha a chance, tirava aquele maiô maravilhoso do fundo do seu armário e ficava imaginando quando é que eu seria grande o suficiente para vesti-lo, quando é que eu seria como você.
Mas numa noite, tudo isso mudou. Estávamos todos vestidos para uma festa e você me disse: “Olha para você, tão magra e bonita. E olha para mim, gorda, feia, horrorosa.”
De primeira, não entendi o que você quis dizer.
“Você não é gorda.” – eu disse, inocente e com sinceridade – ao que você respondeu, “Sim, eu sou, querida. Sempre fui gorda, desde criança.”
Nos dias seguintes, eu tive algumas revelações doloridas, que moldaram a minha vida toda. Concluí que:
1. você deveria ser mesmo gorda, porque mães não mentem.
2. gordo é sinônimo de feio e horroroso.
3. quando eu crescesse, seria como você e, portanto, seria gorda, feia e horrorosa também.
Passados alguns anos, eu revivi essa conversa e todas as centenas de outras que vieram depois e tive muita raiva de você. Por não se julgar atraente ou digna de atenção. Por ser tão insegura. Porque, como meu grande modelo de mulher, você me ensinou a agir assim também.
A cada careta que você fazia em frente ao espelho, a cada nova dieta do momento que iria mudar sua vida, a cada colherada culpada de “ai, eu não devia”, eu aprendia que mulheres deveriam ser magras para serem dignas e socialmente aceitas. Que meninas deveriam passar por privações porque a maior contribuição delas para o mundo era a aparência física.

Exatamente como você, eu passei a minha vida inteira me sentindo gorda – (nem sei quando foi que “gorda” se tornou um sentimento). E porque eu acreditava que era gorda, também me achava imprestável.
Mas os anos se passaram. Sou mãe. E sei que te culpar por minha péssima relação com meu corpo é inútil e injusto. Hoje entendo que você também é um produto de uma longa linhagem de mulheres que foram ensinadas a se odiar.
Olha só para o exemplo que a vovó te deu. Era uma vítima da própria aparência, e fez regime todos os dias da vida dela até morrer, aos 79 anos. Costumava se maquiar para ir ao correio, por medo de alguém vê-la de cara lavada.
Eu lembro do “suporte” que ela te deu quando você anunciou que papai tinha te deixado por outra mulher. O primeiro comentário dela foi, “Eu não entendo porque ele te deixaria. Você se cuida, usa batom. Entendo que você esteja acima do peso, mas não é muito.”
Papai também não te acalentava.
“Meu Deus, Jan”, uma vez ouvi ele te dizer. “Não é difícil. Calorias consumidas x calorias gastas. Se você quer perder peso, você só tem que comer menos.”
Aquela noite, no jantar, eu assisti você implementar essa dica milagrosa de emagrecimento do papai. Você preparou um chow mein para o jantar (se lembra como, nos anos 80, no subúrbio da Austrália, essa combinação de carne moída, repolho e shoyu era considerada o melhor da culinária exótica?). A comida de todo mundo estava em um prato comum, mas a sua estava em um pratinho de sobremesa.
Enquanto você sentava em frente a sua patética porção de carne moída, lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto. Eu não disse nada. Nem quando os seus ombros começaram a curvar por causa do seu incomodo. Ninguém te amparou. Ninguém te disse para deixar de ser ridícula e se servir um prato decente. Ninguém te disse que você já era amada, já era boa o suficiente. Suas conquistas e seu valor – como professora de crianças com necessidades especiais e mãe de três filhos – eram repetidamente reduzidas à insignificância quando comparadas aos centímetros de cintura que você não conseguia perder.
Me despedaçou o coração testemunhar seu desespero, e sinto muito por não ter te defendido. Eu já tinha aprendido, àquela altura, que você ser gorda era culpa sua. Eu tinha ouvido papai falar de perder peso como um processo “muito simples” – coisa que, ainda assim, você não conseguia fazer. A lição: você não merecia comer e com certeza não merecia nenhuma compreensão.
Mas eu estava errada, mãe. Hoje eu entendo o que é crescer em uma sociedade que diz para as mulheres que a beleza delas é o que mais importa, e, ao mesmo tempo, define padrões estéticos absoluta e eternamente fora de alcance. Eu também entendo a dor que é internalizar essas mensagens. Nós acabamos nos tornando nossos próprios carcereiros e nos impomos punições sempre que não conseguimos chegar lá. Ninguém é mais cruel conosco do que nós mesmas.
Mas essa maluquice precisa acabar, mãe.
Acaba com você, acaba comigo. Acaba agora. Merecemos mais – mais que ter dias horríveis por pensamentos ligados a nossa péssima forma física, desejando que ela fosse diferente. E não é mais só sobre você e eu. É também sobre a Violet. Sua neta tem apenas 3 anos e eu não quero que esse ódio ao corpo tome conta dela e estrangule sua felicidade, sua confiança, seu potencial. Eu não quero que ela acredite que a aparência é o maior ativo que ela possui, e que vai definir o valor dela no mundo. Quando a Violet nos olha para aprender a ser uma mulher, precisamos ser os melhores modelos que pudermos. Precisamos mostrar para ela, com palavras e com as nossas ações, que as mulheres são boas o suficiente exatamente como são. E para ela acreditar, nós precisamos acreditar primeiro.
Quanto mais velhas ficamos, mais pessoas queridas perdemos, doentes ou em acidentes. A perda é sempre trágica, sempre muito precoce. Às vezes eu penso o que essas pessoas não dariam para ter mais tempo num corpo saudável. Um corpo que as permitisse viver um pouco mais. O tamanho das coxas ou os pés de galinha não importariam. Seria vivo, e portanto seria perfeito.
O seu corpo é perfeito.
Ele te permite desarmar todo mundo com seu sorriso, contaminar cada um com sua risada. Te dá seus braços para envolver a Violet e apertá-la até ela gargalhar. Cada momento que gastamos nos preocupando com a nossa forma física é um momento jogado fora, um pedaço precioso de vida que a gente não vai recuperar nunca mais.
Vamos honrar e respeitar nossos corpos pelo que eles fazem ao invés de desprezá-los pelo que eles são. Vamos manter o foco em viver vidas saudáveis e ativas, deixar nosso peso de lado e largar nosso ódio ao corpo no passado, que é onde ele merece ficar.
Quando eu olhava para aquela foto sua de maiô branco anos atrás, meus olhos inocentes de criança enxergavam a verdade. Eu via amor incondicional, beleza e sabedoria. Eu via a minha mãe.
Com amor,
Kasey."

Quer ler um post mais antigo? Pesquisa aí:

Compromisso Pessoal

Compromisso Pessoal